Canoinhas, localizada no planalto norte catarinense, é mais conhecida por ter sido o epicentro da Guerra do Contestado, mas a cidade guarda uma infinidade de prazeres em várias searas. Como a colonização da região foi feita por famílias ucranianas, polonesas, alemãs e caboclas, é possível encontrar contrastes culturais, arquitetônicos (várias construções no estilo enxaimel) e gastronômicas.

Tanta diversidade resulta numa animada vida gastronômica com restaurantes típicos gaúchos, como o Galpão Missioneiro e seus famosos churrascos; ou o Empório Filomena e a Casa Luna que são ótimas opções para o encontro de amigos; ou o Alecrim que eventualmente contempla os imigrantes poloneses com um espetacular Pirogue.

Quando assunto é café colonial, o Doces e Fricotes tem uma apreciável variedade de quitutes organizados com mimo e elaborados seguindo livros de receitas em alemão; outro local de visita obrigatória é a Cervejaria Loeffler que é uma das cervejarias artesanais mais antigas do Brasil.

Quatro festas animam e caracterizam a cidade ao longo do ano, duas de cunho cultural, em maio há a Festa de Santa Cruz, em outubro a Schützenfest Canoinhense. Há também duas festas que homenageiam as atividades agrárias da cidade, a Festa da Amora Preta em novembro e a Festa Estadual da Erva-Mate (FESMATE), afinal, Canoinhas é a Capital Catarinense de Produtores de Erva Mate.

A importância econômica e cultural da Erva Mate na cidade é visível nas praças e ruas. Sempre se encontram grupos de pessoas reunidas com as cuias desfrutando do ritual de matear e prosear. As plantações naturais da erva ocorrem sob as sombras de araucárias e essa mistura de clima, solo, altitude e manejo incentivou a EPAGRI a pedir a Indicação Geográfica da Erva Mate no Planalto Norte. Provavelmente em breve teremos um reconhecimento nacional dessa iguaria.