O nome Taió, que na ortografia de língua indígena se escreve Tayó, teve sua origem de povos que habitaram a região a milhares de anos. Entre as versões mais populares, Taió na língua tupi significa “Pedra Grande” ou “Morro Grande“, talvez em alusão ao Morro do Funil, que foi confundido pelos primeiros exploradores, que acreditavam ser este o Morro do Tayó, cuja localização está em Mirim Doce. Outra hipótese para a origem do nome é a semelhança com “taiá”, talvez pela grande concentração dessa planta na região, sendo cultivada por várias gerações indígenas e, posteriormente, pelos imigrantes europeus.
Taiá – é uma herbácea nativa do Brasil, mede entre 50-60 cm de altura, com folhagem muito decorativa.
A história da colonização do município se deve a Emil Odebrecht, que atuou na abertura de estradas e demarcação de lotes no Vale do Itajaí, o que possibilitou o desenvolvimento de diversas cidades e a comunicação entre o Vale e o Planalto Catarinense, juntamente com comitiva partiram de Blumenau em sua segunda expedição pela mata virgem do Alto Vale do Itajaí alcançando Taió por volta de 1864.
Em 1867 em outra expedição, que se acredita ter sido realizada do Planalto em sentido ao Vale, da localidade de Lages se chegou ao Rio Taió, e seguindo por esse chegaram no encontro do Rio Itajaí do Oeste, neste local, no centro de Taió, existe uma praça no município.
Em 1892 famílias dos campos de Lages mudaram-se para essas terras, a família Rauen entre outras famílias do Planalto foram os primeiros colonizadores de Taió. No entanto, a colonização de Taió se intensifica pelo trabalho de empresas colonizadoras como o Sindicato Blumenauense e a Companhia Salinger que permitiu, a partir de 1917, a ocupação das terras onde hoje está o perímetro urbano da cidade entre outras áreas, com a chegada de descendentes de alemães.
A partir dos anos de 1920, com a chegada dos italianos, se iniciam os trabalhos da colonizadora Bertoli, a terceira empresa colonizadora, sendo a mais importante no processo, pois executou a colonização de outras localidades além de Taió, também de Rio do Campo, Salete e Mirim Doce, que na época eram pertencentes a Taió.
Igreja Matriz de Taió
No início da colonização, a comunidade católica tinha poucas condições de construir uma igreja, por isso as missas eram rezadas provisoriamente na casa particular de Giuseppe Bertoli, proprietário de um estabelecimento comercial junto à foz do Rio Taió.
Ao longo do tempo foram construídos vários pequenos templos no interior do município e a atual igreja Matriz, no centro da cidade.
Ponte Roberto Machado
Inaugurada em 1953, no centro de Taió, a Ponte Roberto Machado foi construída com treliças e madeiras nobres, a única original ainda existente no Brasil. Permaneceu em uso até os anos 1990, com o tempo, não resistiu ao crescente fluxo de veículos e começou a ruir. Uma de suas cabeceiras cedeu. A outra foi desmontada, hoje, apenas duas partes continuam intactas. Atualmente estão sendo realizados estudos e projetos para a recuperação da antiga ponte.
Museu Paleo Arqueológico e Histórico Prefeito Bertoldo Jacobsen
O Museu Paleo Arqueológico e Histórico Prefeito Bertoldo Jacobsen foi inaugurado em 2004, seu nome homenageia o primeiro prefeito do município de Taió. O objetivo do Museu é resgatar e preservar o acervo patrimonial do município e foi dividido em três áreas de estudo: Paleontologia, Arqueologia e História Local.
O Museu conta a história da colonização alemã e italiana do município com cerca de 600 doações, entre fotografias e peças que pertenciam a famílias taioenses, preservando a sua história. O prédio onde está localizado o Museu, faz parte dessa história, sendo construído em 1937, serviu por anos como residência da família Jacobsen, passando posteriormente à Hospital São Francisco de Assis, e hoje caracterizado como era a antiga residência da família Jacobsen, onde abriga o Museu da cidade.
Taió conta com outros grandes atrativos turísticos como a Barragem Oeste Taió, o Pico da Pechincha, as Corredeiras do Ribeirão Lobos e o Morro da Vó Salvelina.
Aproveite para visitar o famoso Morro da Vó Salvelina – propriedade de Salvelina Lorenzetti Lenzi, conhecida no mundo inteiro por conta de um vídeo onde Leandro e Marcos brincam com um carrinho de madeira. Enquanto um desce ladeira abaixo e o primo Leandro filma e incentiva a brincadeira. “Pode vir, Marcos! Lá vem o Marcos, descendo o morro da Vó Salvelina! Taca-le pau, nesse carrinho, Marco! Taca-le, pau, Marco! Taca-le, pau. Taca-le pau. Mazá, Marco véio” foram as frases utilizadas e que passaram a ser utilizadas em comerciais e até músicas gaúchas.
Confira o vídeo que deu origem a famosa história: