Caçador é uma cidade de culturas diversificadas e impressiona por seu povo acolhedor. As diversas etnias, que buscam prosperar nesta terra, produzem riquezas nas tradições, costumes, idiomas, gastronomia e traços arquitetônicos do município.

A memória de todo o desenvolvimento da região que iniciou com a exploração da madeira, se mantém viva através das grandes potências industriais, da ferrovia e do rio, que cruzam a cidade lembrando diariamente da história de um rico caldo étnico-cultural que permeia toda uma população, tornando-a única e especial.

A Estação Ferroviária de Caçador, foi construída no início da década de 40, após a primeira edificação ter sido destruída por um incêndio. O prédio possui uma área de 634 metros quadrados. A estação era utilizada no transporte de cargas de tora de imbuia e araucária. Na época em que o ciclo da madeira estava no seu auge, a estação chegou a carregar em média 30 vagões de madeira serrada por dia. Reaberta desde 2007 como um Centro Cultural, onde acontecem oficinas de dança e música como aulas de violão, violino, instrumentos de sopro e aulas de canto.

Se impressione coma imponente Chaminé, localizada no Centro da cidade. A Chaminé era usada para gerar energia como uma máquina a vapor. A fábrica que a utilizava deixou de funcionar a muitos anos dando lugar posteriormente a salões de baile e danceterias que estiveram ativas até o local pegar fogo devido às velhas instalações elétricas. Do velho galpão só sobraram os escombros, mas a chaminé continua lá, com seus 40 metros de altura, construída com tijolos maciços, em estilo europeu, num padrão raramente encontrado no Brasil.

O Museu Histórico e Antropológico da Região do Contestado, é um dos mais belos e reconhecidos cartões postais da cidade. O prédio é uma réplica da estação ferroviária, que existia na época do Contestado e conserva o principal acervo da Guerra do Contestado (1912-1916). Ao seu lado fica, em exposição permanente, a Maria-Fumaça com dois vagões. Documentos, objetos, fotografias e mapas da época e importantes materiais bélicos da Guerra e objetos dos índios Xokleng e Kaingang, e dos colonizadores que habitavam a região, estão listados entre os itens do amplo acervo. No local é possível adquirir livros e lembranças da Cidade.